nem sião nem islão

custa assim tanto entender que ambos são inimigos e que se deve falar de ambos?
o cartaz de cima é uma propaganda do Movimento Social Republicano, um dos vários movimentos nacionalistas de Espanha.

a grande israel

o sionismo do início do século passado, visto pelo prisma do seu próprio ideólogo, é isto, é o projecto da “grande israel”. pelo que continuar a comparar sionismo com nacionalismo étnico Ariano, como se tivesse alguma coisa a ver, ou dizer que sionismo não é expansionista, colonialista nem terrorista e é só a “terra prometida” de israel, é evidentemente uma falácia grotesca.  será coincidência que quase toda aquela zona esteja ameaçada ou mesmo já debaixo do poderio yankee-sionista?  daí as “primaveras àrabes”, as Sírias, as invasões do Iraque e etc

e quem paga no meio disto tudo? é claro, o soldado Ariano e o contribuinte Ariano, com sangue, suor, lágrimas, ou até a própria vida. e acreditando mesmo que está a lutar pelo seu país, pelos “direitos humanos”, pela “democracia”, contra o terrorismo, a tirania ou armas químicas.

o nacionalista democrata


a argumentação dos nacionalistas democratas é sempre curiosa e resume-se precisamente a falta de argumentário. os nacionalistas que não gostam da democracia ficaram parados lá atrás no tempo 🙂
ou seja, tudo o que é presente e actual, é bom, tudo o que for passado é mau.
foda-se, cambada de retrógados, evoluam! aceitem a “civilização”! deixem de viver nos anos 30!  aceitem as drogas, a pedofilia, o homossexualismo, e afins. aceitem a democracia, evoluam e adaptem-se! porque se é moderno, é bom. se é antigo, é mau! as coisas são boas, porque existem agora.
ora qualquer “antifa” diz coisas destas, e qualquer gajo da PIDE podia dizer o mesmo a qualquer democratazinho nos anos 60 e afins:  “adapta-te ao presente, meu filha da puta. já não estamos em 1910-1926, o tempo passou.”
grandes exemplos de “civilização democrática” são os EUA ou então o Brasil, com cerca de 70.000 mortos nas ruas por cada ano que passa.
agora, quanto a critérios de selecção, esses mesmos democratas mal conseguem explicar e muito menos convencer alguém dos seus próprios critérios subjectivos, irreais e singulares, mas exigem que os outros expliquem muito bem uma coisa que até já foi feita várias vezes na história.
nem conseguem explicar quais são os critérios de selecção dentro dos próprios partidos democráticos, ou quais são os critérios de selecção para um filho quase suceder a um pai (Bush I e II com Clinton pelo meio). ou para um primo em 11ºgrau deste “clã”, lhe suceder.
ou para quase todos os presidentes dos EUA e 1ºs ministros de Portugal,de França e outros países, serem maçons.
mas a democracia é boa porque sim, porque é. e porque os seus critérios de selecção são óptimos, limpinhos, transparentes e honestos.

democracia, estado novo e voto forçado

sinceramente, eu nem queria chegar a publicar nada disto, mas começo a ficar cansado de ler por aí disparates de alguns nacionalistas ditos “esclarecidos”, “civilizados” e “modernaços” que gostam de falar por toda a gente e dizer inanidades tipo nenhum europeu civilizado legitimaria golpes de estado, “ditaduras” ou governos não-democráticos” (como se pudessem garantir uma coisa dessas ou tivessem uma procuração para falar em nome de todos) ou então “isso da abstenção ou de dizerem que não acreditam na democracia, é só forma de protesto ou exagero, não significa que queiram viver noutro regime”. 
o gráfico de cima faz parte de uma sondagem do jornal Expresso e da SIC (notícias) cujo proprietário de ambos é/foi um dos pais, promotores e fundadores do regime actual. LOGO, é uma fonte insuspeitíssima, e os resultados com toda a certeza até foram manipulados a favor do regime actual, já para não falar no título flagrantemente desonesto que o “expresso” escolheu: “uma rejeição absoluta e unânime do Estado Novo”.
quero ainda deixar claro que eu não me identifico muito com o Estado Novo, não por “falta da democracia”, mas por causa da ideologia. logo, eu também estou à vontade, já que não estou a promover o Estado Novo.
aqui se pode ver que o Estado Novo nem sequer era de extrema-direita, da verdadeira extrema-direita fascista, pois não fazia sentido um “golpe de extrema-direita” para derrubar um regime que já fosse de extrema-direita.

ora, na sondagem acima, 19% responderam que o Estado Novo foi mais positivo que negativo. outros 28% responderam que foi tão positivo como negativo (ou seja neutro), 42% responderam que foi mais negativo que positivo e 11% nem responderam.
portanto, para 42% o Estado Novo foi negativo, para 47%, ou foi positivo, ou foi neutro (eu incluo-me no grupo dos neutros). no entanto, o jornal em questão achou por bem escolher o título que escolheu.
os resultados, ainda por cima, melhoraram a favor do regime anterior desde a última sondagem há 10 anos. em 2004, 50% achavam que o Estado Novo foi mais negativo, agora só 42% acham isso.
tudo isto bate certo com os resultados da abstenção, da desilusão com a democracia, não apenas com o funcionamento da mesma, mas com o sistema em si.  encaixa tudo.
há praticamente 20% de pessoas nesta sondagem que acham o Estado Novo mais positivo que negativo.
se calhar até foram mais, como expliquei, porque essas sondagens são aldrabadas.
mas no entanto temos “iluminados” que nos garantem que nenhum europeu civilizado do séc.XXI legitimaria golpes ou regimes não-democráticos” e tudo isto com uma certeza arrepiante e impressionante.
faz lembrar a arrogância dos que depois ficaram chateados quando Salazar ganhou o concurso dos “grandes portugueses” em 2007. e eu garanto que não sou admirador de Salazar. nunca fui. e não votei em ninguém nesse concurso.

por outra banda, temos também aquelas figuras sinistras que apesar da sua máscara de “liberais” e “libertários”, chegam a defender a obrigatoriedade do voto (num claro atentado à liberdade), no que são acompanhadas por alguns desses ditos “civilizados” e “esclarecidos” que mencionei acima.  porém, o grau de desfaçatez e impunidade é tanto, que chegam ao descaramento de admitir que o voto obrigatório não é apenas para favorecer a democracia, mas inclusivamente o seu próprio partidozeco/estábulo. ora veja-se:

 “Com este PS não é fácil ter consensos de revisão, nem em matérias fundamentais”, acrescentou. Por outro lado, os “partidos de contestação” também iriam todos protestar, “porque eles ganham com a abstenção”.”O ‘PC’ vai atirar-se ao ar com defesa da democracia, o BE, uma parte do PS”.

ou seja, quem defende o voto obrigatório, além de ser contra as liberdades básicas, também quer transformar cada vez mais o curral da républica numa ditadura bipartidária ou num quintalzinho privado, porque sabe que as pessoas que se abstêm são principalmente dos grandes partidos e que a mentalidade das pessoas é votar, não para o partido A ganhar, mas sim para o partido B perder e que isso é um ciclo vicioso sem fim.

além disso, a preocupação é com os outros partidos que podiam protestar. nem lhe passou pela cabeça a ideia de serem as pessoas a não gostarem dessa imposição, é claro. afinal trata-se de quem se trata.

só falta meterem o voto como obrigatório (nalguns países já é), e depois disso retirar o voto nulo ou em branco, para a pessoa obrigatoriamente votar nalgum partido. e depois disso, o passo seguinte já sei qual é, é apenas poderem votar num dos 5 partidos do curral da républica e etc

que o sistema faça esse papel, eu até entendo. agora que alguns que se dizem “anti-sistema” andem a defender o mesmo sistema de voto obrigatório, como se ele não aproveitasse aos donos do sistema, seja num sistema partidário representativo ou seja noutro, já é coisa que me ultrapassa mesmo.

a verdadeira face católica

o papa ao beija-mão dos judeus.  há imagens que valem por mil palavras.
mas há alguma coisa que distinga esta escumalha entre si?  até a merda do solidéu branco é idêntico à merda do kipá. é apenas um reencontro entre ramos semitas diferentes que se separaram algures lá atrás. esta escumalha merece-se integralmente.
pobres daqueles que ainda acreditarem em dicotomias tipo cristianismo vs judaísmo ou cristianismo vs maçonaria ou cristianismo vs mundialismo.
e de brinde, aqui vai outra imagem concludente:

o papa ao beija-mão a um homossexual.
pobres dos que acreditarem que o cristianismo é aliado de algum nacionalismo. pobres dos que acreditarem que o cristianismo luta contra o homossexualismo ou contra a degeneração da sociedade.
o cristianismo e o vaticano existem apenas para controlar a manada, seja ela branca, preta ou castanha, homossexual ou heterossexual. quantos mais melhor. e quanto mais poder tiverem num futuro governo único mundial, para eles melhor.